Desenho palavras que voam.
Escrevo desenhos que dançam.
Leio rabiscos criantes, de possíveis imaginantes, que voam alto, voam rasante.
Seres contemplantes, sobre possíveis inimaginantes da vida.
Olhares atentos; ouvidos capturantes; bocas inquietantes de seres expressantes.
Psiu... silêncio! Fica quietinha! Presta atenção! Ei? Corpos parados, acabam com os aprendizados!!!
Perambulo pelo espaço, com dois lápis a rabiscar. Ora apontados, descalços; por vezes desapontados calçados.
Sento inquieta, pulso ritmos contraídos, vago pelo mundo, dos possíveis atrevidos.
A rima toma conta, dos sons entre imagens prontas.
Mas o que te afronta?
Te deixa tonta?
Me conta!
Preciso expressar, muito mais que formatar.
É hora de tentar. Preciso levantar, movimentar.
Palavras precisam brincar, para que as possam enxergar.
Olhos precisam falar, para assim interpretar.
Desenhos precisam ser ditos, para compreendermos o que está escrito.
Números serão cantados, para poderem também contar.
O que tem uma mesa, um papel, um lápis e uma cadeira; que não possa o corpo, pelo espaço com suas maneiras, expressar a mente inteira?
Chacoalha esse corpo, barulha ele.
Aponta teus lápis.
Desenha possíveis no espaço.
Descalça teus pés.
Coloca-te em pé.
Engata a primeira, segunda, terceira, quarta, a quinta e a ré.
Tenha fé.
Aprendizes e ensinantes.
Com todos os sentidos em tons brilhantes.
Vistam-se de amor, para que sintam o sabor, de compreender com valor, o que reconhecido for.
Saberes incessantes, num corpo impresso, só serão contagiantes se neles houver o acesso.
Chaves serão viradas, outras despertadas, mas todos conseguirão descobrir o gatilho que abrirá o portal da imaginação.
Palavras desenhadas.
Desenhos escritos.
É sobre permitir possíveis até o infinito, em que saberes serão ativos, se os sabores lhes forem trazidos.
Narrativas permitidas no espaço de um corpo, para além do papel e do lapis, de algo que já vem pronto.
Ei! Você é conhecimento!!!
Que bom pensar/sentir/agir palavras, que um dia ouvidas, cantaroladas ou imaginadas, fizeram-se desenhos e, dançaram pelo espaço de uma possível compreensão, de saberes em forma de canção.
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